24 de maio de 2012

NA ESTRADA


Ontem a emissora Globo exibiu uma reportagem sobre a estréia de Na Estrada, novo filme de Walter Salles. Eu peço desculpas, mas me recuso a chamá-lo por este nome.

Posso até aceitar mudanças drásticas relacionadas ao título original (o que aqui nem é o caso) como Noivo Neurótico, Noiva Nervosa (Annie Hall) ou Na Mira do Chefe (in Bruges), mas acredito que a obra definitiva de Jack Kerouac mereça um pouco mais de respeito.

On the Road (título original, o mesmo da obra literária) foi um divisor de águas. A prosa contínua e a noção do anti-herói americano, pelo menos relacionado ao homem comum, tiveram seu início, basicamente aqui.

Apesar de ter sofrido algumas alterações na época de seu lançamento, ela deu início ao movimento conhecido como beat e estendido a beatnik e durante mais de 50 anos pareceu inadaptável à sétima arte. Não pela história (bastante longa por sinal), mas pelo conteúdo, a forma e seu impacto.

Walter Salles, produzido por Francis Ford Coppola, foi em frente e o resultado agradou. Apesar da frieza dos jornalistas presentes em sua primeira sessão, o filme recebeu críticas positivas, em sua maioria, e foi aplaudido em pé por seis minutos.

Nada mal.

A estréia nos cinemas brasileiros acontece dia 15 de Junho.


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