27 de maio de 2012

CANNES 2012 - VENCEDORES


Toda premiação tem seus símbolos. Presenças frequentes que somente não são obrigatórias pelas regras estipuladas. No Oscar, Meryl Streep e John Williams perderam as contas de quantas indicações receberam durante as últimas décadas.

Cannes não poderia ser diferente.

Gus Van Sant, Lars Von Trier (até ser considerado persona non grata na última edição) e os irmãos Dardenne devem ter uma carteirinha de descontos dos hotéis da região.

E é claro, Michael Haneke.

Assim como em 2009 quando exibiu A Fita Branca (kindergeschichte), o realizador alemão levou para casa a palma de ouro, prêmio máximo do festival.

Haneke é mais que um veterano: de seus últimos cinco filmes, quatro conseguiram resultados marcantes, como melhor direção por Caché (idem) e o prêmio do júri por A Professora de Piano (la pianiste), Código Desconhecido (code inconnu: récit incomplet de divers voyages) e também pelo mesmo Caché.

Amour (ainda sem título em português) o coloca no panteão dos diretores que venceram a palma de ouro em duas ocasiões. Lá estão os já citados irmãos Dardenne, Shohei Imamura, Francis Ford Coppola e Emir Kusturika.

Um feito e tanto.

Os prêmios secundários foram distribuídos por outra seis obras:

Melhor Diretor: Carlos Reygadas por Post Tenebras Lux (ainda sem título em português). Reygadas havia vencido o prêmio do júri em 2007 (ao lado de Persépolis) por Luz Silenciosa (stellet licht).

Melhor Roteiro: Cristian Mungiu por Dupa Dealuri (ainda sem título em português). Mungiu, que também é o diretor, venceu a palma de ouro em 2007 por 4 meses, 3 semanas e 2 dias (4 luni, 3 saptamâni si 2 zile).

Grande Prêmio do Júri (grand prix): Matteo Garrone por Reality (ainda sem título em português). O diretor italiano já havia vencido na mesma categoria por Gomorra (idem) em 2008.

Prêmio do Júri: Ken Loach por Angel`s Share (ainda sem título em português). Loach venceu a palma de ouro em 2006 por Ventos da Liberdade (the winds that shakes the barley).

Melhor Atriz: Cosmina Stratan e Cristina Flutur (ambas estreantes) por Dupa Dealuri.

Melhor Ator: Mads Mikkelsen por Jagten (ainda sem título em português). O filme tem a assinatura de Thomas Vinterberg, diretor de Festa de Família (festen) que é um dos grandes ícones do movimento Dogma 95 além de ter vencido o prêmio do júri em 1998.

Melhor Filme de Diretor Estreante (Caméra d`Or): Behn Zeitlin por Beasts of the Southern Wild (ainda sem título em português). O filme havia vencido um dos prêmios principais do Festival de Sundance no início do ano.

Para finalizar esta coluna, L. Rezan Yesilbas venceu no quesito curta-metragem por Sessiz-be Deng (ainda sem título em português).

Aguardem mais notícias sobre festivais futuros.


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