No dia 20 de Abril, em Roma na Itália, Woody Allen irá apresentar seu mais novo filme intitulado To Rome with love (“Para Roma com amor” em uma tradução livre), o que dispensa explicações do local escolhido para a pré-estréia. O título, que já havia recebido pelo menos menos dois nomes diferentes, deve ser mantido e dá continuidade à fase européia do realizador.
Tivemos os ingleses Match point - ponto final (match point), Scoop - o grande furo (scoop), O sonho de Cassandra (Cassandra`s dream) e Você vai conhecer o homem dos seus sonhos (you will meet a tall dark stranger), a poesia espanhola Vicky Cristina Barcelona (idem) e o ápice de sua inspiração no velho continente com Meia-noite em Paris (midnight in Paris), que se passa, obviamente, na França e que lhe rendeu o Oscar de roteiro original.
Existem alguns pontos interessantes em To Rome with love que podem aumentar as expectativas dos fãs do cinema ácido e autoral de Woody Allen.
O primeiro deles é que ele não apenas escreve e dirige, mas volta a estar à frente das câmeras. Por muitas vezes seu personagem, o hilário judeu novaiorquino neurótico, foi interpretado por, digamos assim, um alter ego. Diversos atores foram utilizados: Kenneth Branagh, John Cusak, Will Ferrell, Larry David e mais recentemente Owen Wilson.
É compreensível, já que aos 76 anos de idade as possibilidades ficam suspensas. Dificíl imaginar que, por exemplo, no mais recente Meia noite em Paris, o protagonista pudesse ser um escritor idoso. Não faria sentido.
O segundo fato curioso é que Roberto Benigni, o fantástico comediante responsável por A vida é bela (la vita è bella) e O monstro (il mostro), está no elenco. Ele que, anos atrás, foi chamado de "Woody Allen italiano".
Mas o ponto mais importante a ser destacado é que To Rome with love é uma comédia. Gênero que resultou as maiores obras do cineasta e também onde ele se sente mais à vontade para escrever, dirigir e atuar.
Finalizando minhas expectativas pessoais, o elenco jovial encabeçado por Ellen Page (Juno) e Jesse Eisenberg (A rede social) se contrapõe à experiência de Penélope Cruz e Alec Baldwin, ator pouco badalado em Hollywood até descobrir seu talento no mundo da comédia.
Não existem trailers, imagens, e mesmo as sinopses postadas na net mostram-se conflitantes. O fato é que Woody Allen é um ícone do cinema mundial e é sempre um deleite vê-lo, mesmo que muito longe de Nova Iorque, sua verdadeira paixão e inspiração.
Lesgal, vamos ver?
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