20 de março de 2012

THE DARK KNIGHT RISES


No início dos anos 90 a indústria das histórias em quadrinhos, principalmente a dos super heróis, vivia uma delicada crise. Por esta razão, roteiristas movimentaram-se no intuito de criar novas tendências e atrair novos leitores. No universo DC, a idéia foi bastante clara: destruir seus principais personagens. Foi nesta vertente que surgiu “A morte do Super-homem”, a troca do Lanterna Verde e a mão amputada de Aquaman.

Com Batman não foi diferente. A saga “A queda do morcego” introduzia um novo personagem. Bane foi condenado à prisão perpétua antes mesmo de seu nascimento. Ele deveria pagar pelos crimes de seu pai, um guerrilheiro revolucionário da República Caribenha. A história apresentava um lado místico onde Bane, ainda jovem, vagava por mundos imaginários à busca do demônio-morcego. O monstro simbolizava a barreira entre o rapaz e o ser superior que ele viria a se tornar. Foi dentro desta mesma prisão que Bane descobriu a existência de Batman e o homem-morcego tornou-se o demônio-morcego de seus sonhos.
Bane escapa, destrói Batman em corpo e espírito e o joga em uma cadeira de rodas. Também de forma mística, Batman se recupera e reenfrenta Bane. Diversas tramas paralelas ocorrem e Gotham City ganha mais um vilão e mais possibilidades.

Curiosamente o personagem já havia sido apresentado de forma patética no não menos patético Batman & Robin (idem) de Joel Schumacher. Este, que foi a principal razão para futuros projetos de Batman serem devidamente abandonados.

O tempo passou, surgiu Christopher Nolan, surgiu Batman begins (idem) e o assombroso sucesso de O cavaleiro das trevas (the dark knight). A indústria queria mais, o publico queria mais, mas Nolan estava indeciso. São duas as razões para a demora do novo projeto. A primeira delas, é o medo de fracassar, de não estar à altura de sua própria criação. O cavaleiro das trevas elevou o universo dos super-heróis a um novo patamar nos cinemas, além de ter sido a maior bilheteria no gênero. A segunda razão é o falecimento de Heath Ledger, o Coringa, o mais recente e importante ícone pop deste início de milênio. Nolan, contrariado, seguiu em frente.

E Bane foi sua inspiração, seu ponto de partida para o final desta saga. Se O cavaleiro das trevas mostrou possibilidades novas, como a de transformar um filme de heróis encapuzados em um thriller policial sério, Bane eleva ainda mais o contexto. O personagem é um terrorista anárquico, sem roupas espalhafatosas e sem visuais de passarela.

As informações ainda são vagas e as pistas confusas, o marketing viral nos leva a conclusões precipitadas e levanta uma série de dúvidas.
Abaixo, vou deixar o link do site oficial para os mais curiosos. Existem diversos outros videos e bootlegs no youtube. Alguns raros (e provavelmente gravados por smartphones) são da apresentação de nove minutos feita por Nolan para uma platéia privada, outros são apenas piadas de internautas. As verdadeiras respostas, no entanto, serão dadas no dia 19 de Julho, lançamento oficial de The dark knight rises.
Divirtam-se.





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