Muitas pessoas não entendem como Wes Anderson consegue filmar.
Não pelo aspecto técnico, afinal, é um grande realizador. Poucos diretores utilizam cada centímetro do fotograma de forma tão precisa quanto ele.
Também não pela qualidade de seus trabalhos. É querido pela crítica e tem seu público fiel. Seleto, mas entusiasta.
O fato é que seus filmes, pelo menos em termos de bilheteria, nunca rendem o suficiente para fazer valer um investimento. Existem vendas de Blu-Ray e DVD, os contratos televisivos (das emissoras fechadas e abertas), que, possivelmente, devem cobrir os custos.
De qualquer maneira, fico feliz que ele consiga finalizar uma obra a cada dois anos.
Moonrise Kingdom, ainda sem título em português e sem data de estréia no Brasil, está na lista dos dez mais assistidos há três semanas. Sempre em posições modestas, mas é um ganho. Surpresas como Cisne Negro (black swan) e Meia Noite em Paris (midnight in Paris), disputaram posições com superproduções e, em determinadas situações, estiveram à frente.
Eu creio que hoje, existam duas curiosas novas vertentes no cinema. A Europa praticamente dobrou seu público em filmes da linha Velozes e Furiosos (the fast and the furious) e Piratas do Caribe (pirates of the Caribbean). Os EUA perderam espectadores neste quesito, mas compensam em produções modestas de grande valor artístico.
Uma reviravolta curiosa que pode demonstrar a força e a qualidade do cinema independente norte americano.
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